Já faz um bom tempo que ouço muita gente dizendo que trabalha mais depois que aposentou-se.
Analogamente ouvi homens relatando que passaram a viver na ociosidade, posteriormente mudaram
este modus vivendi para práticas de atividades saudáveis.
A resposta de um médico a isto é que as pessoas vão perdendo as forças. O raciocínio faz sentido,
mas no meu entender não é só isto, e também que a pessoa pode ter adquirido uma LER.
Refletindo sobre o tema, constata-se o óbvio: o fato que se muda o modo de vida. Como acontece
esta mudança é o ponto significativo da questão.
Antes a vida era planejada e organizada com horários fixos. Os horários de descanso eram
indispensáveis, por isto mesmo respeitados.
Ao efeito natural de se perder as forças, soma-se também a perda do poder aquisitivo.
Antes se fazia o mais prático; depois se faz o mais econômico - o que é mais trabalhoso.
Para aumentar a lista dos afazeres torna-se necessário caminhadas ou exercícios físicos.
Os horários vão se adaptando às circunstâncias; os imprevistos aparecem, tomam o tempo
de quem tem horários flexíveis. Resolver questões burocráticas também passam a ser da
competência de quem pode dispor de algum tempo.
Pode passar a ter um animal de estimação, que antes a pessoa não tinha tempo para cuidar -
mais trabalho...
Horta com temperos, agora pode-se dar ao luxo - mais trabalho...
A casa requer manutenção com maior frequência, porque seu poder aquisitivo diminuiu -
mais trabalho...
Considere a subjetividade do texto, caso não se identifique com o mesmo.
Para concluir, a diversificação das atividades contribui para o aumento dos afazeres.